Dom Pedro II, o governante do Brasil mais estudioso
Primeiro astrônomo do Brasil, ao ponto de ter descoberto uma estrela em seu observatório particular. Primeiro fotógrafo do Brasil, com seu próprio laboratório. O Museu Nacional, aquele que teve um incêndio ano passado, fica onde foi sua casa. Sua doação para o Museu foi tão grande que era mais fácil mudar o local do museu do que fazer o transporte das peças. Minerais, plantas, animais empalhados, uma múmia, armas antigas da Ásia e África.
Quando foi deportado do Brasil na Proclamação da República, abriu mão de uma pensão oferecida para ele, mas pediu que seu professor de sânscrito fosse com ele. Possuía mais de sessenta mil livros. Sua erudição surpreendeu Nietzsche quando se conheceram. Membro da Sociedade de Ciências da Rússia, Bélgica, Inglaterra e França, honraria dada antes apenas a Napoleão e Pedro,o Grande, da Rússia. Também foi membro da Sociedade Geográfica Americana. Darwin disse" O imperador fez tanto pela ciência, que todo sábio é obrigado a demonstrar a ele o mais completo respeito."Também financiava cientistas e artistas em seus estudos fora do Brasil, desde que voltassem para cá após o curso. Entre outros, estavam o primeiro engenheiro aeronáutico brasileiro e Pedro Américo, pintor oficial da corte.
Fora do Brasil gostava de ser tratado como Pedro D'Alcântara. Falava inglês, alemão, italiano, latim, espanhol e francês. Lia hebraico, chinês, tupi, grego, provençal (dialeto da França) árabe e sânscrito (idioma antigo da Índia, mas ainda em uso). Sua curiosidade é histórica. Certa vez parou em uma prisão da Guerra do Paraguai para conversar com um prisioneiro sobre gramática guarani. Quando visitou os Estados Unidos anotava tudo em bloquinhos de papel. Em Salt Lake City, Utah, EUA, parou para conversar com um índio polígamo.
Dom Pedro II chegou a ser votado para ser presidente dos Estados Unidos, num período em que o voto era aberto, pois ele conheceu 30 dos estados americanos e segundo um jornal de Washington D.C, ele conhecia mais dos EUA do que dois terços do congresso deles. Abriu a Exposição Internacional de 1876 com o presidente americano, onde conheceu o telefone, que foi instalado ao mesmo tempo na Casa Branca e na casa dos ministros brasileiros. Fez questão de conhecer Victor Hugo, autor de Os Miseráveis, e Darwin. Financiou o Instituto Pasteur, o responsável pelo processo de pasteurização, que permite a esterilização dos materiais médicos e alimentos, e pela invenção das vacinas.
Para sustentar o Império era necessário 13% do PIB nacional. Em 2015 usava-se 35%. No período imperial havia parlamentarismo, onde o primeiro-ministro era escolhido por Dom Pedro II e depois escolhia os outros ministros. O congresso poderia recusar. Caso isso ocorresse o Imperador intervinha, com o quarto poder, o Moderador, que só existiu no Império. Para a época, o Brasil era altamente democrático. Dom Pedro também era contra a escravidão e repetidamente pediu a abolição, mas o congresso recusava dizendo não ser a vontade do povo, demonstrando que sua vontade não era imposta. Sua verba de despesas era tão baixa que a primeira coisa que Deodoro da Fonseca fez quando se tornou presidente foi aumentar o próprio ordenado. Não havia censura no Império, medida que mudou no princípio da República.
Quando foi deportado do Brasil na Proclamação da República, abriu mão de uma pensão oferecida para ele, mas pediu que seu professor de sânscrito fosse com ele. Possuía mais de sessenta mil livros. Sua erudição surpreendeu Nietzsche quando se conheceram. Membro da Sociedade de Ciências da Rússia, Bélgica, Inglaterra e França, honraria dada antes apenas a Napoleão e Pedro,o Grande, da Rússia. Também foi membro da Sociedade Geográfica Americana. Darwin disse" O imperador fez tanto pela ciência, que todo sábio é obrigado a demonstrar a ele o mais completo respeito."Também financiava cientistas e artistas em seus estudos fora do Brasil, desde que voltassem para cá após o curso. Entre outros, estavam o primeiro engenheiro aeronáutico brasileiro e Pedro Américo, pintor oficial da corte.
Pedro Américo - Independência ou morte |
Dom Pedro II chegou a ser votado para ser presidente dos Estados Unidos, num período em que o voto era aberto, pois ele conheceu 30 dos estados americanos e segundo um jornal de Washington D.C, ele conhecia mais dos EUA do que dois terços do congresso deles. Abriu a Exposição Internacional de 1876 com o presidente americano, onde conheceu o telefone, que foi instalado ao mesmo tempo na Casa Branca e na casa dos ministros brasileiros. Fez questão de conhecer Victor Hugo, autor de Os Miseráveis, e Darwin. Financiou o Instituto Pasteur, o responsável pelo processo de pasteurização, que permite a esterilização dos materiais médicos e alimentos, e pela invenção das vacinas.
Dom Pedro II, pernas finas alteradas na pintura e 1,90 de altura. |
Para sustentar o Império era necessário 13% do PIB nacional. Em 2015 usava-se 35%. No período imperial havia parlamentarismo, onde o primeiro-ministro era escolhido por Dom Pedro II e depois escolhia os outros ministros. O congresso poderia recusar. Caso isso ocorresse o Imperador intervinha, com o quarto poder, o Moderador, que só existiu no Império. Para a época, o Brasil era altamente democrático. Dom Pedro também era contra a escravidão e repetidamente pediu a abolição, mas o congresso recusava dizendo não ser a vontade do povo, demonstrando que sua vontade não era imposta. Sua verba de despesas era tão baixa que a primeira coisa que Deodoro da Fonseca fez quando se tornou presidente foi aumentar o próprio ordenado. Não havia censura no Império, medida que mudou no princípio da República.
Ótimo artigo! Explica, por favor, a parte do PIB.
ResponderEliminarÓtimo conhecer essas informações!
PIB é produto interno bruto. A soma das riquezas que o país produz. Por exemplo, se numa vila há cinco empresas, soma-se o lucro de todas elas e se tem o PIB da empresa. Na conta entra todo o dinheiro legal, da indústria, comércio e serviços (como escritórios, bancos e salão de beleza) mas não o ilegal (prostituição, tráfico de drogas e armas)
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