Carros elétricos resolvem o problema de excesso de gás carbônico?


Carros elétricos resolvem o problema de excesso de gás carbônico?

Tido por muitos como a solução para o aquecimento global, há esse poder todo para esse veículo?
O Brasil tem a maior parte de sua energia gerada por usinas hidrelétricas, algo raro ao redor do mundo. A China e Índia, dois dos países com maior expectativa de crescimento econômico utilizam muito de usinas movidas a carvão, que é muito mais poluentes que os carros a gasolina. No Oriente Médio e Estados Unidos as termelétricas movidas a derivados de petróleo. Sendo assim, globalmente a substituição de carros a gasolina e diesel por carros elétricos não fará grandes avanços nessa área. Vamos só trocar a sujeira dos carros pela sujeira das usinas. Qual a vantagem então?

Há um fenômeno conhecido como ilhas de calor. Em algumas metrópoles a temperatura na zona central chega a ser 10 ° mais quente do que na periferia. Isso é causado em grande parte pelo acúmulo de gases que saem dos escapamentos dos automóveis. Carros elétricos solucionariam esse problema. Minimizaria também o uso de ar condicionado, e aí sim o impacto ambiental cairia muito. Também, usinas tendem a serem construídas em locais em que menos pessoas e animais vivem, ou seja, com menos potencial de danos ecológicos. Uma outra vantagem é a ideia de que as pessoas recarregariam os carros a noite e consumiriam a energia dele de dia. Alguns poderiam fazer dele uma  bateria para a própria casa, diminuindo o pico do consumo de energia. Ainda assim, uma solução melhor seria investir em melhorar o tipo de usinas existentes no mundo. 

Algo pouco explorado são as usinas termossolares. O calor do sol aquece a água que vira vapor e gira uma turbina. Gera menos energia a noite, mas não deixa de gerar. O líquido fica aquecido por horas mesmo sem o sol graças a um tipo de sal. Em caso de muitos dias sem sol, pode funcionar com quase qualquer combustível. Basta apenas aquecer a água. A maior usina termossolar do mundo funciona na Espanha, em uma das suas áreas desérticas. Algo existente em vários outros locais do mundo. Outras pesquisas já indicam outra direção. O  hidrogênio.

A eletrólise ocorre quando uma corrente elétrica divide a água em hidrogênio e oxigênio. Logo após, se refaz a união, unindo hidrogênio e oxigênio e gerando energia elétrica. Essa é a célula à combustível. Mas, se é tão simples, como ainda não fizemos isso? Simples, a eletrólise gasta energia demais. Porém, a noite usinas hidrelétricas continuam gerando energia, que não tem pra onde ir. Em muitos horários os ventos geram energia pra nada. Por que não utilizar essas horas ociosas para fazer hidrogênio e gastar nas horas de pico? É um raciocínio semelhante ao uso de caixas d'água. Estocando para horas melhores. O uso de hidrogênio em usinas termelétricas também já foi pesquisado e funciona bem. Porém, ele ainda é de difícil estocagem e possui o mesmo problema de obtenção do hidrogênio.

Mais sobre carros elétricos aqui.

Foto de https://www.assimquefaz.com/wp-content/uploads/2017/11/carro-eletrico-amesterdan.jpg

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